Quantas vezes você ligou para falar com aquele colega; aquele mesmo da área de Recursos Humanos, as vezes para trocar uma idéia, quem sabe para ofertar alguma oportunidade, para facilitar em alguma atividade do seu cotidiano ou simplesmente para desejar-lhe um bom dia e do outro lado, depois de transferirem sua ligação de um lado para o outro, segue o recado de uma secretária ou de um qualquer: “no momento está ocupado”, “está em uma reunião”, “saiu com o chefe e não sabe se volta”.
Compreensivo você ainda pergunta se e quando poderá retornar aquela ligação. E do outro lado uma voz jovial e quase íntima enfatiza: “não adianta ligar hoje pois sua agenda está muito cheia. Na semana que vem também e no mês que vem nem pensar.”
Não preciso dizer que mais do que decepcionante o resultado é irritante. Se essa “praga” chamada “colega” está tão inacessível porque não orientou o atendente? Porque não pediu para o infeliz atendente anotar meu número ou ao menos perguntar por meu nome e a que organização eu represento?!!!
Basta uma leitura rápida para compreender que o “infeliz” que se passa por profissional de recursos humanos na verdade não trabalha naquela organização, não se importa com a imagem que ele –com suas atitudes- constrói sobre aquela organização; demonstra claramente que você é inorportuno, inconveniente e desnecessário.
Se nós, que somos da área de recursos humanos, somos tratados dessa maneira, imaginem os demais clientes. E essas empresas ainda tem o displante de ostentar “responsabilidade social”, “nós valorizamos as pessoas”, “nosso negócio é gente” e coisas do gênero em plaquinhas coladas nas paredes de suas salas de recepção. Enquanto seu colega de Recursos Humanos insiste: ligue mais tarde coelga. E para arrematar eu completo mentalmente a frase: “…afinal seu tempo não vale nada e você é mesmo um boçal”.
Pense nisso.
(1) Rubens Garcia é pseudônimo de Rubens Ferreira da Silva, graduando em Tecnologia de Recursos Humanos pela Universidade Anhanguera/Uniderp (Campo Grande-MS), Multiplicador pela Escola Nacional de Supermercados, escritor e consultor nas áreas de departamentalização de lojas de autosserviço e satisfação de clientes.
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